Psicóloga – Natália Filomeno

Qualidade de Vida.

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A qualidade de vida é um conceito multidisciplinar que envolve a capacidade do indivíduo de interagir com o ambiente de forma segura e construtiva para sua subjetividade, influenciando tanto sua satisfação pessoal quanto sua vida coletiva. A maneira como essa interação ocorre afeta tanto a vida individual quanto a coletiva, sendo as experiências adquiridas fundamentais para lidar com mudanças e adaptações.

O desenvolvimento da autonomia e individuação do indivíduo ocorre gradualmente, influenciado por sua percepção da subjetividade em relação à sua vivência familiar. A subjetividade é o espaço pessoal do indivíduo onde ele interpreta e se relaciona com o mundo externo de acordo com suas crenças e valores.

A teoria do apego, desenvolvida por John Bowlby (1982), sugere que as impressões sobre si são influenciadas pelas percepções da qualidade da conexão com as figuras de apego nos primeiros anos de vida. A família desempenha um papel essencial na formação do indivíduo, contribuindo para sua independência e individuação. Como a educação e os cuidados são estabelecidos serve como referência para as escolhas feitas ao longo da vida.

Durante esse processo, o indivíduo necessita de atenção, carinho e segurança. O apego seguro se estabelece quando essas ações são demonstradas de forma congruente, sincera e consistente. À medida que o indivíduo avança no ciclo vital, as transições dos apegos iniciais com figuras primárias se expandem para incluir amigos e pares durante a adolescência, aumentando ainda mais ao longo das próximas fases.

Essa ampliação da rede de apoio é saudável e contribui para a autonomia do adulto, que se sente seguro e sustentado para seguir em frente. As contribuições da teoria do apego para o desenvolvimento do indivíduo têm um impacto significativo na qualidade de vida na idade adulta, por ampliarem suas conexões significativamente.

Referência:

BOWLBY, Jhon. Formação e Rompimento dos Laços Afetivos. São Paulo: Martins Fontes, 1982.

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